domingo, 25 de setembro de 2011

é.


Correndo é o que estou fazendo, meu rosto molhado, meu coração surpreso quase saltando pelo peito, meus lábios fechados numa linha reta, tudo que penso é ir o mais longe possível do mundo, não sei para onde estou indo, tenho que honrar o que é meu por direito, meus pés descalços apenas me guiam, em minhas veias secas pelo medo, pulsa apenas a adrenalina, e então o cheiro, familiar e saboroso, minhas narinas dilatadas seguiram ele tentadoramente, minha mente está desligada de modo que não o reconheço, minha visão embaçada, tudo o que me guia é o cheiro, ouço o barulho, paro e me debruço no chão, passos, eram passos, meu coração já dilacerado sentiu uma pontada, mas não posso deixar de me conscientizar de uma coisa: eu não tenho coração. Tenho tanto medo, que às vezes me paralisa, me faz querer ser uma garotinha, apenas correr pelo campo, abraçada aos livros velhos que cheiram a naftalina, enquanto descanso em uma velha árvore, onde costumava ir com meu irmão. O barulho novamente desconcentra minha mente, me fazendo voltar à realidade, meu instinto fez meu corpo virar rapidamente, antes que fosse acertada na nuca com uma espada grosseira, olhei nos olhos de meu inimigo, era uma expressão traiçoeira, um ser repugnante que nem de longe era confiável, olhos cinza, cabelos negros curtos, vestido inteiramente de preto, e uma cicatriz vulgar entre o lábio inferior e o queixo, mas belo, muito belo, ele sorriu, falando:
-Pensei que estivesse morta.
-Pelo que vê, não estou nem um pouco morta, mas pelo que me parece o senhor bem que tentou não? –ele me observou calmamente, calculando cada passo meu, esperando o momento certo.
-Tento ser o mais justo possível pelas redondezas, quando vejo um ser como tu, atraente e selvagem sei que não devo confiar, tem homens na aldeia que se enfeitiçam e nunca mais voltam da realidade. E se eu quisesse matá-la, já teria feito há alguns segundos!
-Não me importo com sua aldeia meu caro, quem és tu?
-Me chame de Louis, doce Fenny, eu percebo que não se importa nem com a própria morte, sabe que o território da Linha do Tempo é perigoso, ou és tão atrevida que seu rosto sempre colado nos livros, a deixaram atormentada?
-O que eu sou ou deixo de ser interfere apenas na morte de seres nojentos, agora me deixe partir, sabes que ficar com uma espada com um olhar determinado não chegaremos a lugar algum.
-Não esta no seu tempo de partir, eu não posso deixá-la seguir, nem que eu quisesse.
-Quem disse tal bobagem, tenho pressa, agora abaixe logo isso.
-Eu disse não, agora volte de onde veio, ou acomode-se na aldeia.
-Eu não estou pedindo mais, agora vou impor as minhas regras, é bom sair ou morrerá!
-Tais palavras não me assustam, pouco efeito faz em minha mente já decidida.
-Como se atreve? Quem és tu para falar assim comigo?
-Sou aquele da passagem, me conhece por ceifeiro de homens, por dedos de fumaça, ou até mesmo olhos de fogo, garota vá embora logo, minha paciência é curta para menininhas mimadas.
-Ora pelos deuses o que estais falando? Acha mesmo que eu não lhe observei o suficiente? Sei quem és tu, há muito tempo lhe encontrei na estrada, foste tu quem matou meu irmão, por causa de uma mulher com quem George iria se casar, porque acha que lhe olho com tanto nojo?
-Como? És irmã de George? Eu não fazia ideia de que tu estavas junto naquela noite, Melisse não amava teu irmão, fiz apenas um favor a ela.
-Como podes seres tão sarcástico? Um favor? George não merecia morrer daquele modo, Melisse podia não amá-lo, mais não tinha direito algum de interferir no destino de meu falecido irmão. Naquela noite não matou apenas George, pois uma parte de meu coração meu doce irmão levou consigo, e a outra parte esta contigo, agora me deixe partir. –eu exasperada, lágrimas rolaram por meu rosto, molhando meus cabelos longos.
-Do que se refere? Como posso roubar uma coisa de alguém que eu nem sabia que estava presente naquela noite?
-Estava tudo tão calmo, quando escutamos o barulho do cocheiro caindo para fora, meu irmão foi ver o que era beijando minha testa, quando saiu da carruagem, tu estavas lá, lindo sobre a noite, eu apenas observava meu irmão corajoso rindo de tuas palavras quando tu o queimou vivo, o fogo saiu de tuas mãos, indo diretamente para o peito de George, eu senti o fogo arder em mim, quando a lua iluminou teu rosto meu coração bateu mais forte, fazendo minha boca umedecer, e meu corpo continuar a arder em chamas, tu roubastes meu coração, e matas-te meu irmão, tu devias pagar muito caro, mas a única coisa que lhe cobro, é que me deixeis partir. – ele se aproximou, tocou meu rosto pálido, olhou em meus olhos violetas, e disse:
-Não posso, perdoe-me, és uma coisa que fiz no passado, sei até onde quer ir, não posso deixá-la seguir, eu prometi.
-Do que falais? Eu preciso assumir o poder, meu reino precisa de mim.
-Perdoe-me, eu prometi, se insiste, vou ter que matá-la.
-Seu idiota, como ousa... –ele enfiou a espada em meu coração, fazendo sangrar, eu olhei em seus olhos, saiam lágrimas peroladas, ele sussurrou:
-Calma, vai passar, eu irei atrás de ti, se acalme, vai passar. –quando meus soluços cessaram encontrei uma sensação de paz,senti a mão quente de George cobrir meus ombros me abraçar, me beijando.
-Até que enfim irmã, estas comigo novamente, não sabeis o quanto a sua falta deixou meu peito angustiado, mas agora ele está preenchido novamente. –do outro lado da realidade, Louis segurava meu corpo gelado:
-Pronto George, fiz o que lhe prometi, fiz o que queria, seu último sussurro que o fogo me trouxe.

Sem ou com você!

O som me confunde sem a alegria de sempre, o tilintar de talheres me enlouquece, sem vontade de mandar todos se calarem. Apesar de o tédio me consumir, ele fortalece a ficar em silêncio, sem ter que contar os meus últimos machucados do coração. A vida não é o que você quer, porque minha musica vai fazer a diferença, eu sou vazia, mas ela é intensa. Pela música infernal que faz a sua cabeça, apesar de ninguém estar ali para me ouvir, eu ainda estou tocando, ainda estou vibrando com o meu próprio som, que produz uma fogueira de emoções, aonde quero chegar?Eu estou só, e eu procuro amor, eu sou assim como você em cada por do sol procuro onde estou, procuro alguém que enfatize minha musica, que tente fazer a dor diminuir, eu sou como você em cada estação procuro usar meias curtas, procuro sorrir sem tentar pensar em problemas, mas só chove, e essa chuva é desconfortante, me diga aonde estou? Aonde você esta? Diga-me para a minha musica te procurar, para que meus sorrisos sejam estáveis e nem a chuva desabe tudo, venha até mim, como um clarão de notas, e é só disso que eu preciso, a sua doce vida correndo nas minhas veias, como uma só alma vai entrelaçar o perigo, sentindo cada emoção, cada pensamento, me contendo para não rir. Se um dia teu orgulho te trair ele irá te jogar no chão, e eu seguirei sem ti, você deveria estar ao meu lado, se não o fez, minhas lágrimas não caírão mais, eu juro que seguirei, vendo o pôr-do-sol, sozinha em cada nova tempestade, e onde estará você? Eu jamais criaria uma nova história, você foi o meu único conto de fadas!

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Alguns sentimentos, amizade e problemas!

As vezes me sinto tão sozinha, são tantas pessoas que me olham estranho sem entender a minha angustia, o meu excesso de felicidade ou meus sorrisos extravagantes, eu não entendo porque as pessoas são tão diferentes, mas são unidas por uma força que acaba tornando elas parecidas. As vezes quero entender, ou então me entedio com facilidade. A crença deste mundo é tão fraca que me impede de seguir por um caminho de fé, as vezes me apego nos animais, mas eles são tão frageis, que acabam não entendo minha luta contra o sarcasmo, contra os soluços que acabam escapando de meus lábios, quando todas as manhãs eu acordo e vejo que estou sozinha por dentro, e lágrimas quentes escorrem por minha face, mas quando chego perto de meus amigos estou preenchida por fora e por dentro. Meus amigos são tão mágicos, são tão parecidos e estranhos, como eu! É parece que eu tenho um força que interage entre todos nós, minhas palavras são tão ingênuas, que acabam sendo naturais. Os meus problemas são simples, sou anciosa, não consigo concordar com uma pessoa que eu não confio, tenho problemas mal resolvidos com minha família, mas eu perdi pessoas que eu amava, perdi pra sempre, e as palavras me confortam, os poemas fazem meus olhos brilharem, eu só queria me sentir em casa, protegida novamente, como a alguns anos atrás. Sabe, as vezes eu queria ser um pandinha, lindo mas não queria morar na China, acho nojento o geito que os chineses comem, se cuspindo e roncando (nada contra, não estou me referindo a TODOS os chineses),um lindo panda fofo e meigo para morar em algum lugar calmo, onde eu estivesse cercada das pessoas que eu amo, das pessoas que eu perdi, e as que eu ainda vou conhecer, mas afinal se eu resolvesse fugir alguém sentiria minha falta? Aqui está minha dúvida (: